Mesmo na era digital, Nando Reis ressalta importância da “relação com o disco”

  • Por Jovem Pan
  • 22/03/2017 12h24
Johnny Drum/Jovem Pan

Nando Reis lançou o álbum “Jardim-Pomar” em novembro de 2016, acabando com a espera dos fãs por músicas inéditas, que durou quatro anos. Com a indústria fonográfica cada vez mais focada no material digital, o cantor resolveu ir na contramão e entregar uma experiência à moda antiga. No Morning Show desta quarta-feira (22), o ex-Titã revelou sentir saudades quando as pessoas tinham uma relação mais próxima e menos imediatistas com os discos.

Além de mostrar o seu novo registro nas plataformas de streaming e lojas virtuais, Nando também lançou versões físicas em CD e vinil. “Na minha parte profissional eu tenho saudade de como as pessoas se relacionavam e consumiam o disco, como obra completa. A era digital tem suas vantagens, mas defino como quase um empobrecimento”, pontuou.

O veterano compositor se define na profissão como um “fazedor de discos” e garantiu que se manterá nessa linha até o fim da sua carreira. “Defino a minha profissão como um fazedor de discos. Uma forma mais completa e complexa do consumo e relação com a música. Um disco não é um conjunto de músicas apenas. É muito mais interessante quando se ouve do começo ao fim, com calma. Essa coisa imediatista, quase frenética fez com que o disco se tornasse algo obsoleto”, complementou.

O artista embala muitos relacionamentos com suas letras românticas, que segundo ele, são sempre baseadas em suas experiências com a mulher Vânia, com quem é casado há 32 anos entre idas e vindas. Mas o que é ser romântico para Nando Reis? O cantor vê a aceitação das diferenças como o grande trunfo de um relacionamento duradouro.

“Mais verdadeiro (amor) do que isso que tenho com ela, não conheci. Eu acho extremante romântico permanecer juntos, mesmo com idas e vindas. A vida real é estar bem e estar mal. Romântico é permanecer com isso e suportar no sentido de que você faz uma espécie de mensuração daquilo que vale a pena. Por muito tempo eu era idealista. Complementaridade vem da diferença e isso cria confrontos. Seria insuportável ficar com alguém igual a mim”, revelou.

A turnê do álbum “Jardim-Pomar” passa por São Paulo nos dias 31 de março e 1º de abril, no Citibank Hall. Os ingressos variam entre R$ 260 e R$ 40. Para comprar, basta acessar o site da Tickets For Fun.

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