Brasil peca pela falta de partidos fortes e organizados, afirmam especialistas

  • Por Jovem Pan
  • 25/08/2016 14h24
Jovem Pan <p>Fernanda Marinela e FLávio Morgenstern protagonizaram debate acalorado no Pânico</p>

Nesta quinta (25), se inicia a fase final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Esse é o momento do real julgamento, quando o Senado Federal decidirá se Rousseff cometeu crime de responsabilidade e se deve ser condenada, perdendo de vez o posto da presidência.

Em entrevista ao Pânico, o analista político Flavio Morgenstern, a advogada e presidente da OAB de Alagoas, Fernanda Marinela, e o jornalista da bancada do Morning Show, Claudio Tognolli, analisaram o atual momento conturbado do País.

Para o trio, só o questionamento sobre a constitucionalidade do processo já gera um debate. Segundo eles, não foi um golpe. Fernanda Marinela acredita que “a população não pode ignorar esse processo, da forma como está acontecendo. Não foi criado agora. É importante ressaltar que só estão reclamando porque a ferramenta está contra eles. O PT nunca contestou o processo do impeachment”.

O real problema dentro desse cenário brasileiro é a falta de partidos políticos fortes e estruturados, gerando a guerra entre “mortadelas e coxinhas”. “O único partido que temos estruturado é o PT. A ideologia fica assim porque não há uma construção partidária. Para combater a corrupção, precisamos de uma reforma política”, analisou Marinela.

Mais que isso, além do problema de desvios financeiros e a corrupção, o momento polêmico e frágil do Brasil é perigoso politicamente. “Há um risco muito grande de aparecer um maluco qualquer e se eleger, porque estamos sem uma estrutura forte”, explicou a presidente da OAB de Alagoas.

E a jurista vai além no raciocínio, segundo a própria os vazamentos das delações premiadas e outras manobras ilegais foram formas de se manipular a população para que os egos e os discursos ficassem inflamados.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.